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Nas grandes cidades globalizadas, que suplantaram a paisagem natural por asfalto e prédios, como fica a relação do homem com a natureza? Ao canalizar os rios e erguer arranha-céus onde antes existiam campos e florestas, de que forma o homem lida com a necessidade inerente por ambientes naturais?

São esses questionamentos que perpassam pelo Ensaio Diorama, realizado no Aquário de São Paulo. A normatização da artificialidade serve de ponto de partida para se abordar o afastamento do ser humano de seu meio natural. E é exatamente esse afastamento das pessoas da natureza que evoca a necessidade do contato com o natural a partir de outras formas, também artificiais, sob a justificativa de educar e entreter.

Assim surgem, por exemplo, o fenômeno dos parques temáticos, que recriam e confinam a natureza em recintos termorregulados, sem, entretanto, esconder a frieza da natureza humana. Ao longo deste ensaio, natural e artificial se misturam de maneira tão intrínseca que já não mais podemos separar um do outro, criando-se assim ambientes ao mesmo tempo estranhamente acolhedores e assustadoramente irreais.


Diorama, de Paula Pedrosa
Realizada entre 15 de abril e 10 de maio de 2016

Fotos de Diego de los Campos.

diorama